O governo estuda o adiamento, por dois ou três meses, do pagamento dos tributos federais, essa medida visa dar liquidez as empresas durante o período limitado em que deve durar o impacto do coronavírus sobre a economia. Essa é uma das medidas em estudo pelo Ministério da Economia para responder à crise.
O secretário executivo Marcelo Guaranys coordena um grupo que se reúne a cada 48 horas para monitorar o andamento das medidas e eventualmente propor medidas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo Guedes não está definido, por exemplo, se o diferimento será permitido para todas as empresas ou só para as que forem mais prejudicadas.
O fornecimento de liquidez a empresas e bancos é uma das dimensões escolhidas por Guedes para definir as respostas. Em reunião com os presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e do Banco Central, Roberto Campos Neto , a Caixa dispôs de R$ 75 bilhões para emprestar. Além disso, Guedes destacou a liberação de R$ 135 bilhões em compulsórios, anunciada no mês passado pelo Banco Central.
O monitoramento do impacto do coronavírus nos setores da economia permitirá, também, antecipar situações de desabastecimento. Nesse caso a importação será facilitada.
Outras fontes do governo apontam ainda que estão sendo estudadas iniciativas como possibilidade adicional de saque do FGTS e fomento ao comércio eletrônico, uma alternativa para esse momento em que pessoas estão menos propensas a ir á rua comprar. Em entrevista veiculada ontem pela CNN Brasil, Guedes afirmou ser contra desonerar o setor privado por meio de subsídios e desonerações para ajudar a minimizar o impacto do novo coronavírus.
Paulo Guedes destaca que o importante é manter o programa estrutural do governo. "Se já tivéssemos feito as reformas, estaríamos mais preparados", disse. "Mas o estrutural não pode parar, porque precisaremos sair inteiros do outro lado."
Fonte: Valor Econômico
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